Avançar para o conteúdo principal

Suplementos Alimentares - A banha da cobra do séc. XXI?

A expressão “vendedor de banha da cobra” é frequentemente usada para descrever um indivíduo que vende algo com alegações fraudulentas. A partir do início do século XIX, vendedores ambulantes cruzaram o oeste americano promovendo a venda de remédios que supostamente curavam todo o tipo de doenças.1-4

Para vender os seus medicamentos falsos, esses charlatães fingiam ser professores de medicina ou médicos com credenciais duvidosas e durante a suas exibições era frequente o uso de cúmplices, presentes na audiência, para atestar a eficácia dos seus “medicamentos” “milagrosos” .1-4

Atualmente, a indústria dos suplementos parece estar ainda a usar esta mesma estratégia para promover a venda dos suplementos e é frequente incluem atletas conhecidos nas suas campanhas publicitárias, de forma a validar a eficácia dos seus produtos.5

Os suplementos são a banha da cobra da atualidade?

Se é verdade que todos os suplementos podem funcionar, devido ao efeito placebo6,7, também é verdade que a evidência científica atual tem vindo a confirmar que a vasta maioria dos suplementos mais populares não parecem funcionar melhor do que um placebo6,8,9 e, em vários casos, não são mais eficientes do que a ingestão de determinados alimentos.10-16

Suplementos de vitaminas e minerais: Para indivíduos saudáveis, sem défices de micronutrientes e que seguem um regime alimentar equilibrado, a suplementação com vitaminas e minerais não parece proporcionar benefícios.17-21

ZMA: Não melhora a composição corporal nem aumenta os níveis de testosterona em indivíduos que ingerem uma quantidade suficiente de zinco a partir da dieta.22-24

Antioxidantes: Podem inibir adaptações positivas ao treino e inibir a hipertrofia muscular.25,26 A ingestão crónica da maioria dos antioxidantes tem um efeito prejudicial na performance27 e não parece proporcionar uma redução clinicamente relevante da dor muscular 6, 24, 48, 72 ou 96 horas após o exercício.28

De referir que a fruta, vegetais e outros alimentos podem proporcionar um efeito antioxidante superior ao de suplementos.29 Por exemplo, uma maçã pequena tem um potencial antioxidante similar ao de 1500 mg de vitamina C.30

Weight Gainers: A ingestão de uma grande quantidade de calorias extra (ex: 500-1000kcal/dia) para aumentar a massa muscular não é recomendável pois uma percentagem significativa (50-70%) do peso ganho será constituído por massa gorda.31

Para além disso, não há qualquer evidência de que a sua ingestão proporcione benefícios comparativamente à ingestão da mesma quantidade de calorias e nutrientes através de alimentos.31-33

Bebidas desportivas: No decorrer de treinos e provas, não funcionam melhor do que a banana.34-36 Para o período pós-treino ou no final das provas, o leite magro constitui uma bebida de rehidratação mais eficaz.10-12 e a ingestão de uma refeição completa constitui a forma de rehidratação mais eficiente.37

Géis desportivos: Não funcionam melhor que o mel, durante a prática de exercício físico.13

Dextrose e maltodextrina: Não funcionam melhor do que uma quantidade similar de açúcar de mesa (sacarose), uma vez que a ingestão de glicose + frutose estimula uma resíntese de glicogénio muscular de magnitude idêntica e uma resíntese mais rápida dos níveis de glicogénio hepático, minimizando ainda a ocorrência de distúrbios gastrointestinais, comparativamente à ingestão de glicose.38,39

Proteína whey: Não é melhor do que leite em pó magro.14 A suplementação com proteína (whey ou soja) não parece proporcionar ganhos adicionais de força e de massa muscular nos indivíduos que realizam treino resistido e que já obtêm ~1,6 g de proteína/kg/peso a partir da dieta.40 nem em idosos.41 Apesar da sua absorção mais rápida, a whey não parece promover uma resposta anabólica mais expressiva, comparativamente à ingestão de caseína, 1-6 horas após o exercício.42-45

Proteína de clara de ovo: Não é melhor do que a ingestão de ovo inteiro. Na verdade, a ingestão de ovo inteiro no final de um treino potencia uma maior resposta anabólica do que a ingestão de clara de ovo.15 16

BCAAs: A ingestão isolada de aminoácidos ramificados (valina, leucina e isoleucina) não estimula a síntese de proteína muscular nem produz uma resposta anabólica em seres humanos. Na verdade, parecem diminuir a síntese de proteína.46

Entretanto, pode reduzir os danos musculares pós-treino, sobretudo quando ingeridos antes dos treinos,47,48 mas isso pode ser prejudicial quando se pretende promover adaptações positivas ao treinos, pois os danos musculares desempenham um papel-chave na hipertrofia muscular após o exercício49 e podem ser necessários para promover o recrutamento de células-satélite e estimular a síntese de proteína muscular.50

HMB: Nenhum dos metabolitos do HMB (α-HICA, HMB-FA e HMB-Ca) proporciona ganhos de força nem melhora a composição corporal de atletas.51 A ingestão de whey+HMB não proporciona maiores aumentos da massa muscular ou força em comparação com a ingestão de whey+leucina,52 sendo que a suplementação com leucina também não parece proporcionar benefícios adicionais em indivíduos que já ingerem a quantidade adequada de proteína.53 Verificou-se ainda que a whey nativa contendo níveis mais elevados de leucina não proporciona uma maior resposta anabólica do que a whey normal.54

Glutamina: Não melhora a composição corporal, nem a capacidade aeróbica nem o sistema imunológico de atletas.55

L-arginina: Não estimula a produção de hormona de crescimento, insulina, IGF-156-58 e não potencia a performance atlética nem acelera a recuperação dos treinos.59

 “Fat Burners”: A evidência existente que suporta a eficácia de suplementos para perda de gordura é escassa,60-63 poderá estar comprometida por conflitos de interesse64,65 e o seu consumo está associado a efeitos secundários indesejáveis.66,67

Cafeína: A cafeína anidra não proporciona resultados superiores aos da ingestão de uma quantidade de café que contenha uma quantidade idêntica de cafeína73-77, sendo que o café contém numerosos compostos bioativos que podem minimizar os efeitos negativos associados à ingestão de cafeína e proporcionar benefícios adicionais para a saúde.78

Glucosamina & Condroitina: Atualmente não existe evidência convincente que suporte a eficácia da glucosamina e condroitina no tratamento da osteoartrose e a validade dos estudos existentes está limitada por um risco elevado de viés.79

Omega-3: A suplementação com ácidos gordos ómega-3 não se associa a uma redução do risco de mortalidade por todas as causas, morte cardíaca, morte súbita, enfarte do miocárdio ou ataque cardíaco.80-82 Também não parece beneficiar os pacientes com síndrome do intestino irritável e asma.83

No entanto, alguma evidência de qualidade baixa a moderada sugere a existência de um pequeno efeito positivo na redução da dor em pacientes com artrite.83,84

Tribulus terrestris: Não aumenta os níveis de testosterona.85

Os suplementos podem ser úteis?

Certamente. Existem determinados cenários em que a ingestão de suplementos poderá ser útil e/ou conveniente.

  • Os suplementos de vitaminas e minerais podem ajudar a corrigir défices ou a complementar dietas que não fornecem as quantidades adequadas de micronutrientes.86
  • As bebidas desportivas continuam a ser úteis durante a realização de provas, especialmente quando se pretende ingerir quantidades significativas de hidratos de carbono e de fluídos durante as provas.86,87
  • Os suplementos de proteína representam uma forma prática de garantir ou aumentar a ingestão diária de proteína, minimizando a ingestão energética.88

Temos ainda a creatina, cafeína, nitratos, beta-alanina e bicarbonato de sódio, que são os suplementos com maior evidência científica de que proporcionam determinados benefícios ergogénicos em certos contextos.9,89

No entanto, isso não significa que esses suplementos irão garantidamente proporcionar efeitos positivos. Por exemplo, a creatina, um dos suplementos mais estudados e com maior suporte científico90, não parece ter qualquer efeito em cerca de 20-30% dos indivíduos91 e cerca de 30% dos estudos realizados também não detetaram efeitos significativos com este suplemento.92

Da mesma forma, um número significativo de estudos não observaram efeitos positivos com a suplementação com nitratos93-97, beta-alanina98,99 e bicarbonato de sódio,100-103 o que poderá dever-se a variados motivos.

Noutro exemplo, a suplementação com bicarbonato de sódio parece ter uma variabilidade intrainvidual extremamente elevada104 e aumenta a prevalência de perturbações gastrointestinais, dificultando assim a obtenção de melhorias da performance com este suplemento.103,105

Conclusão

No livro “Anabolic Primer”, que foi publicado em 1998, os autores Phil Embleton e Gerard Thorne escreveram:5

Se os suplementos fossem tão eficazes como se afirma, estes seriam regidos pelas mesmas normas que os fármacos. E isso não acontece, o que nos dá uma ideia da sua utilidade.

Esta afirmação poderá não andar longe da verdade e temos como exemplo a efedrina, um suplemento estimulante derivado da erva ma huang,106 com eficácia comprovada na perda de gordura107,108 e cuja venda ao público foi proibida, alegadamente devido aos seus efeitos secundários.109

De facto, a lista de suplementos que não parecem proporcionar resultados é extensa e é notória a necessidade de realizar mais investigações para determinar a eficácia e a segurança dos suplementos à venda no mercado.110,111

Embora alguns poucos suplementos possam efetivamente ser úteis em determinados contextos, a melhor forma de melhorar a sua composição corporal e/ou de potenciar o rendimento desportivo, ao mesmo tempo que se preserva ou melhora a saúde, é através de um plano alimentar adequado, preferencialmente prescrito por um nutricionista desportivo,86,112 e através de um plano de treino orientado para os seus objetivos, preferencialmente prescrito por um profissional de educação física.

➤ Mostrar/Ocultar Referências!
  1. Weistling M. The Snake Oil Salesman Accessed 16/12/2018.
  2. Kunin RA. Snake oil. The Western journal of medicine. 1989;151(2):208-208.
  3. Nickell J. Peddling Snake Oil. 1998; https://www.csicop.org/sb/show/peddling_snake_oil. Accessed 16/12/2018.
  4. Snake oil. 2018; https://en.wikipedia.org/wiki/Snake_oil. Accessed 17/12/2018.
  5. Embleton P, Thorne G. Musclemag International's Anabolic Primer: An Information-packed Reference Guide to Ergogenic Aids for Hardcore Bodybuilders. Musclemag International; 1998.
  6. Beedie CJ, Foad AJ. The placebo effect in sports performance: a brief review. Sports medicine (Auckland, NZ). 2009;39(4):313-329.
  7. Beedie CJ. Placebo effects in competitive sport: qualitative data. Journal of sports science & medicine. 2007;6(1):21-28.
  8. Maughan RJ, Burke LM, Dvorak J, et al. IOC consensus statement: dietary supplements and the high-performance athlete. British journal of sports medicine. 2018;52(7):439-455.
  9. Peeling P, Binnie MJ, Goods PSR, Sim M, Burke LM. Evidence-Based Supplements for the Enhancement of Athletic Performance. International journal of sport nutrition and exercise metabolism. 2018;28(2):178-187.
  10. Rankin P, Landy A, Stevenson E, Cockburn E. Milk: An Effective Recovery Drink for Female Athletes. Nutrients. 2018;10(2):228.
  11. Maughan RJ, Watson P, Cordery PA, et al. A randomized trial to assess the potential of different beverages to affect hydration status: development of a beverage hydration index. The American journal of clinical nutrition. 2016;103(3):717-723.
  12. Roy BD. Milk: the new sports drink? A Review. J Int Soc Sports Nutr. 2008;5:15.
  13. Kreider RB, Rasmussen CJ, Lancaster SL, Kerksick C, Greenwood M. Honey: An Alternative Sports Gel. Strength & Conditioning Journal. 2002;24(1):50-51.
  14. Hamarsland H, Handegard V, Kashagen M, Benestad HB, Raastad T. No Difference between Spray Dried Milk and Native Whey Supplementation with Strength Training. Medicine and science in sports and exercise. 2019;51(1):75-83.
  15. van Vliet S, Shy EL, Abou Sawan S, et al. Consumption of whole eggs promotes greater stimulation of postexercise muscle protein synthesis than consumption of isonitrogenous amounts of egg whites in young men. The American journal of clinical nutrition. 2017;106(6):1401-1412.
  16. Abou Sawan S, van Vliet S, West DWD, et al. Whole egg, but not egg white, ingestion induces mTOR colocalization with the lysosome after resistance exercise. American journal of physiology Cell physiology. 2018;315(4):C537-c543.
  17. (ODS OoDS. Multivitamin/mineral Supplements - Fact Sheet for Health Professionals. 2015; https://ods.od.nih.gov/factsheets/MVMS-HealthProfessional/. Accessed 16/12/2018.
  18. Perlman AI, Worobey J, O'Sullivan Maillet J, Touger-Decker R, Hom DL, Smith JK. Multivitamin/Mineral supplementation does not affect standardized assessment of academic performance in elementary school children. Journal of the American Dietetic Association. 2010;110(7):1089-1093.
  19. Schoenthaler SJ, Bier ID, Young K, Nichols D, Jansenns S. The effect of vitamin-mineral supplementation on the intelligence of American schoolchildren: a randomized, double-blind placebo-controlled trial. Journal of alternative and complementary medicine (New York, NY). 2000;6(1):19-29.
  20. Fry AC, Bloomer RJ, Falvo MJ, Moore CA, Schilling BK, Weiss LW. Effect of a liquid multivitamin/mineral supplement on anaerobic exercise performance. Research in sports medicine (Print). 2006;14(1):53-64.
  21. Kamangar F, Emadi A. Vitamin and mineral supplements: do we really need them? International journal of preventive medicine. 2012;3(3):221-226.
  22. Koehler K, Parr MK, Geyer H, Mester J, Schanzer W. Serum testosterone and urinary excretion of steroid hormone metabolites after administration of a high-dose zinc supplement. European journal of clinical nutrition. 2009;63(1):65-70.
  23. Cerqueira H, Tourinho Filho H, Martinelli JC. Effects of zinc, magnesium and vitamin B6 (ZMA) supplementation on serum IGF-I, IGFBP-3 and Testosterone concentrations in young athletes. Paper presented at: 20th European Congress of Endocrinology2018.
  24. Wilborn CD, Kerksick CM, Campbell BI, et al. Effects of Zinc Magnesium Aspartate (ZMA) Supplementation on Training Adaptations and Markers of Anabolism and Catabolism. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2004;1(2):12-20.
  25. Merry TL, Ristow M. Do antioxidant supplements interfere with skeletal muscle adaptation to exercise training? The Journal of physiology. 2016;594(18):5135-5147.
  26. Peternelj TT, Coombes JS. Antioxidant supplementation during exercise training: beneficial or detrimental? Sports medicine (Auckland, NZ). 2011;41(12):1043-1069.
  27. Braakhuis AJ, Hopkins WG. Impact of Dietary Antioxidants on Sport Performance: A Review. Sports medicine (Auckland, NZ). 2015;45(7):939-955.
  28. Ranchordas MK, Rogerson D, Soltani H, Costello JT. Antioxidants for preventing and reducing muscle soreness after exercise: a Cochrane systematic review. British journal of sports medicine. 2018:bjsports-2018-099599.
  29. Liu RH. Potential synergy of phytochemicals in cancer prevention: mechanism of action. The Journal of nutrition. 2004;134(12 Suppl):3479s-3485s.
  30. Sun J, Chu YF, Wu X, Liu RH. Antioxidant and antiproliferative activities of common fruits. Journal of agricultural and food chemistry. 2002;50(25):7449-7454.
  31. Kreider RB, Wilborn CD, Taylor L, et al. ISSN exercise & sport nutrition review: research & recommendations. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2010;7:7-7.
  32. Houston ME. Gaining weight: the scientific basis of increasing skeletal muscle mass. Canadian journal of applied physiology = Revue canadienne de physiologie appliquee. 1999;24(4):305-316.
  33. Hall KD, Heymsfield SB, Kemnitz JW, Klein S, Schoeller DA, Speakman JR. Energy balance and its components: implications for body weight regulation. The American journal of clinical nutrition. 2012;95(4):989-994.
  34. Nieman DC, Gillitt ND, Henson DA, et al. Bananas as an energy source during exercise: a metabolomics approach. PloS one. 2012;7(5):e37479-e37479.
  35. Nieman DC, Gillitt ND, Sha W, et al. Metabolomics-Based Analysis of Banana and Pear Ingestion on Exercise Performance and Recovery. Journal of proteome research. 2015;14(12):5367-5377.
  36. Nieman DC, Gillitt ND, Sha W, Esposito D, Ramamoorthy S. Metabolic recovery from heavy exertion following banana compared to sugar beverage or water only ingestion: A randomized, crossover trial. PloS one. 2018;13(3):e0194843-e0194843.
  37. Sharp RL. Role of whole foods in promoting hydration after exercise in humans. Journal of the American College of Nutrition. 2007;26(5 Suppl):592s-596s.
  38. Alghannam AF, Gonzalez JT, Betts JA. Restoration of Muscle Glycogen and Functional Capacity: Role of Post-Exercise Carbohydrate and Protein Co-Ingestion. Nutrients. 2018;10(2):253.
  39. Gonzalez JT, Fuchs CJ, Betts JA, van Loon LJ. Glucose Plus Fructose Ingestion for Post-Exercise Recovery-Greater than the Sum of Its Parts? Nutrients. 2017;9(4).
  40. Morton RW, Murphy KT, McKellar SR, et al. A systematic review, meta-analysis and meta-regression of the effect of protein supplementation on resistance training-induced gains in muscle mass and strength in healthy adults. British journal of sports medicine. 2018;52(6):376-384.
  41. Thomas DK, Quinn MA, Saunders DH, Greig CA. Protein Supplementation Does Not Significantly Augment the Effects of Resistance Exercise Training in Older Adults: A Systematic Review. Journal of the American Medical Directors Association. 2016;17(10):959.e951-959.
  42. Reitelseder S, Agergaard J, Doessing S, et al. Whey and casein labeled with L-[1-13C]leucine and muscle protein synthesis: effect of resistance exercise and protein ingestion. American journal of physiology Endocrinology and metabolism. 2011;300(1):E231-242.
  43. Tipton KD, Elliott TA, Cree MG, Wolf SE, Sanford AP, Wolfe RR. Ingestion of casein and whey proteins result in muscle anabolism after resistance exercise. Medicine and science in sports and exercise. 2004;36(12):2073-2081.
  44. Wilborn CD, Taylor LW, Outlaw J, et al. The Effects of Pre- and Post-Exercise Whey vs. Casein Protein Consumption on Body Composition and Performance Measures in Collegiate Female Athletes. Journal of sports science & medicine. 2013;12(1):74-79.
  45. Dideriksen KJ, Reitelseder S, Petersen SG, et al. Stimulation of muscle protein synthesis by whey and caseinate ingestion after resistance exercise in elderly individuals. Scandinavian journal of medicine & science in sports. 2011;21(6):e372-383.
  46. Wolfe RR. Branched-chain amino acids and muscle protein synthesis in humans: myth or reality? Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2017;14(1):30.
  47. Foure A, Bendahan D. Is Branched-Chain Amino Acids Supplementation an Efficient Nutritional Strategy to Alleviate Skeletal Muscle Damage? A Systematic Review. Nutrients. 2017;9(10).
  48. Rahimi MH, Shab-Bidar S, Mollahosseini M, Djafarian K. Branched-chain amino acid supplementation and exercise-induced muscle damage in exercise recovery: A meta-analysis of randomized clinical trials. Nutrition (Burbank, Los Angeles County, Calif). 2017;42:30-36.
  49. Keefe G, Wright C. An intricate balance of muscle damage and protein synthesis: the key players in skeletal muscle hypertrophy following resistance training. The Journal of physiology. 2016;594(24):7157-7158.
  50. Damas F, Libardi CA, Ugrinowitsch C, et al. Early- and later-phases satellite cell responses and myonuclear content with resistance training in young men. PloS one. 2018;13(1):e0191039.
  51. Sanchez-Martinez J, Santos-Lozano A, Garcia-Hermoso A, Sadarangani KP, Cristi-Montero C. Effects of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate supplementation on strength and body composition in trained and competitive athletes: A meta-analysis of randomized controlled trials. Journal of science and medicine in sport. 2018;21(7):727-735.
  52. Jakubowski JS, Wong EPT, Nunes EA, et al. Equivalent Hypertrophy and Strength Gains in HMB- or Leucine-supplemented Men. Medicine and science in sports and exercise. 2018.
  53. Mobley CB, Haun CT, Roberson PA, et al. Effects of Whey, Soy or Leucine Supplementation with 12 Weeks of Resistance Training on Strength, Body Composition, and Skeletal Muscle and Adipose Tissue Histological Attributes in College-Aged Males. Nutrients. 2017;9(9).
  54. Hamarsland H, Nordengen AL, Nyvik Aas S, et al. Native whey protein with high levels of leucine results in similar post-exercise muscular anabolic responses as regular whey protein: a randomized controlled trial. J Int Soc Sports Nutr. 2017;14:43.
  55. Ramezani Ahmadi A, Rayyani E, Bahreini M, Mansoori A. The effect of glutamine supplementation on athletic performance, body composition, and immune function: A systematic review and a meta-analysis of clinical trials. Clinical nutrition (Edinburgh, Scotland). 2018.
  56. da Silva DVT, Conte-Junior CA, Paschoalin VMF, Alvares TdS. Hormonal response to L-arginine supplementation in physically active individuals. Food & nutrition research. 2014;58:10.3402/fnr.v3458.22569.
  57. Fayh AP, Friedman R, Sapata KB, Oliveira AR. [Effect of L-arginine supplementation on secretion of human growth hormone and insulin-like growth factor in adults]. Arquivos brasileiros de endocrinologia e metabologia. 2007;51(4):587-592.
  58. Alvares TS, Conte-Junior CA, Silva JT, Paschoalin VM. L-arginine does not improve biochemical and hormonal response in trained runners after 4 weeks of supplementation. Nutrition research (New York, NY). 2014;34(1):31-39.
  59. Brooks JR, Oketch-Rabah H, Low Dog T, et al. Safety and performance benefits of arginine supplements for military personnel: a systematic review. Nutrition reviews. 2016;74(11):708-721.
  60. Pittler MH, Ernst E. Dietary supplements for body-weight reduction: a systematic review. The American journal of clinical nutrition. 2004;79(4):529-536.
  61. Dietary Supplements for Weight Loss - Fact Sheet for Health Professionals. 2017; https://ods.od.nih.gov/factsheets/WeightLoss-HealthProfessional/. Accessed 15/12/2018.
  62. Manore MM. Dietary supplements for improving body composition and reducing body weight: where is the evidence? International journal of sport nutrition and exercise metabolism. 2012;22(2):139-154.
  63. Huntington MK, Shewmake RA. Weight-loss supplements: what is the evidence? South Dakota medicine : the journal of the South Dakota State Medical Association. 2010;63(6):205-207.
  64. Lobb A. Science of weight loss supplements: compromised by conflicts of interest? World journal of gastroenterology. 2010;16(38):4880-4882.
  65. Lobb AL. Science in liquid dietary supplement promotion: the misleading case of mangosteen juice. Hawai'i journal of medicine & public health : a journal of Asia Pacific Medicine & Public Health. 2012;71(2):46-48.
  66. Pittler MH, Schmidt K, Ernst E. Adverse events of herbal food supplements for body weight reduction: systematic review. Obesity reviews : an official journal of the International Association for the Study of Obesity. 2005;6(2):93-111.
  67. Lobb A. Hepatoxicity associated with weight-loss supplements: a case for better post-marketing surveillance. World J Gastroenterol. 2009;15(14):1786-1787.
  68. Jeukendrup AE, Randell R. Fat burners: nutrition supplements that increase fat metabolism. Obesity reviews : an official journal of the International Association for the Study of Obesity. 2011;12(10):841-851.
  69. Pooyandjoo M, Nouhi M, Shab-Bidar S, Djafarian K, Olyaeemanesh A. The effect of (L-)carnitine on weight loss in adults: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Obesity reviews : an official journal of the International Association for the Study of Obesity. 2016;17(10):970-976.
  70. Burrus BM, Moscicki BM, Matthews TD, Paolone VJ. The Effect of Acute L-carnitine and Carbohydrate Intake on Cycling Performance. International journal of exercise science. 2018;11(2):404-416.
  71. Barnett C, Costill DL, Vukovich MD, et al. Effect of L-carnitine supplementation on muscle and blood carnitine content and lactate accumulation during high-intensity sprint cycling. International journal of sport nutrition. 1994;4(3):280-288.
  72. Villani RG, Gannon J, Self M, Rich PA. L-Carnitine supplementation combined with aerobic training does not promote weight loss in moderately obese women. International journal of sport nutrition and exercise metabolism. 2000;10(2):199-207.
  73. Trexler ET, Smith-Ryan AE, Roelofs EJ, Hirsch KR, Mock MG. Effects of coffee and caffeine anhydrous on strength and sprint performance. European journal of sport science. 2016;16(6):702-710.
  74. Richardson DL, Clarke ND. Effect of Coffee and Caffeine Ingestion on Resistance Exercise Performance. Journal of strength and conditioning research. 2016;30(10):2892-2900.
  75. Hodgson AB, Randell RK, Jeukendrup AE. The metabolic and performance effects of caffeine compared to coffee during endurance exercise. PloS one. 2013;8(4):e59561.
  76. Costill DL, Dalsky GP, Fink WJ. Effects of caffeine ingestion on metabolism and exercise performance. Medicine and science in sports. 1978;10(3):155-158.
  77. Wiles JD, Bird SR, Hopkins J, Riley M. Effect of caffeinated coffee on running speed, respiratory factors, blood lactate and perceived exertion during 1500-m treadmill running. British journal of sports medicine. 1992;26(2):116-120.
  78. Gonzalez de Mejia E, Ramirez-Mares MV. Impact of caffeine and coffee on our health. Trends in endocrinology and metabolism: TEM. 2014;25(10):489-492.
  79. Vasiliadis HS, Tsikopoulos K. Glucosamine and chondroitin for the treatment of osteoarthritis. World journal of orthopedics. 2017;8(1):1-11.
  80. Aung T, Halsey J, Kromhout D, et al. Associations of Omega-3 Fatty Acid Supplement Use With Cardiovascular Disease Risks: Meta-analysis of 10 Trials Involving 77917 Individuals. JAMA cardiology. 2018;3(3):225-234.
  81. Rizos EC, Ntzani EE, Bika E, Kostapanos MS, Elisaf MS. Association between omega-3 fatty acid supplementation and risk of major cardiovascular disease events: a systematic review and meta-analysis. Jama. 2012;308(10):1024-1033.
  82. Rizos EC, Elisaf MS. Does Supplementation with Omega-3 PUFAs Add to the Prevention of Cardiovascular Disease? Current cardiology reports. 2017;19(6):47.
  83. Calder PC. Omega-3 polyunsaturated fatty acids and inflammatory processes: nutrition or pharmacology? British journal of clinical pharmacology. 2013;75(3):645-662.
  84. Senftleber NK, Nielsen SM, Andersen JR, et al. Marine Oil Supplements for Arthritis Pain: A Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Trials. Nutrients. 2017;9(1):42.
  85. Qureshi A, Naughton DP, Petroczi A. A systematic review on the herbal extract Tribulus terrestris and the roots of its putative aphrodisiac and performance enhancing effect. Journal of dietary supplements. 2014;11(1):64-79.
  86. Rodriguez NR, Di Marco NM, Langley S. American College of Sports Medicine position stand. Nutrition and athletic performance. Medicine and science in sports and exercise. 2009;41(3):709-731.
  87. Kerksick CM, Wilborn CD, Roberts MD, et al. ISSN exercise & sports nutrition review update: research & recommendations. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2018;15(1):38-38.
  88. Jager R, Kerksick CM, Campbell BI, et al. International Society of Sports Nutrition Position Stand: protein and exercise. J Int Soc Sports Nutr. 2017;14:20.
  89. Maughan RJ, Burke LM, Dvorak J, et al. IOC consensus statement: dietary supplements and the high-performance athlete. British journal of sports medicine. 2018;52(7):439-455.
  90. Kreider RB, Kalman DS, Antonio J, et al. International Society of Sports Nutrition position stand: safety and efficacy of creatine supplementation in exercise, sport, and medicine. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2017;14:18-18.
  91. Greenhaff PL. The nutritional biochemistry of creatine. The Journal of Nutritional Biochemistry. 1997;8(11):610-618.
  92. Kreider RB. Effects of creatine supplementation on performance and training adaptations. Molecular and cellular biochemistry. 2003;244(1-2):89-94.
  93. Martin K, Smee D, Thompson KG, Rattray B. No improvement of repeated-sprint performance with dietary nitrate. International journal of sports physiology and performance. 2014;9(5):845-850.
  94. Garnacho-Castano MV, Palau-Salva G, Cuenca E, et al. Effects of a single dose of beetroot juice on cycling time trial performance at ventilatory thresholds intensity in male triathletes. J Int Soc Sports Nutr. 2018;15(1):49.
  95. Cermak NM, Res P, Stinkens R, Lundberg JO, Gibala MJ, van Loon LJ. No improvement in endurance performance after a single dose of beetroot juice. International journal of sport nutrition and exercise metabolism. 2012;22(6):470-478.
  96. Arnold JT, Oliver SJ, Lewis-Jones TM, Wylie LJ, Macdonald JH. Beetroot juice does not enhance altitude running performance in well-trained athletes. Applied physiology, nutrition, and metabolism = Physiologie appliquee, nutrition et metabolisme. 2015;40(6):590-595.
  97. McQuillan JA, Dulson DK, Laursen PB, Kilding AE. Dietary Nitrate Fails to Improve 1 and 4 km Cycling Performance in Highly Trained Cyclists. International journal of sport nutrition and exercise metabolism. 2017;27(3):255-263.
  98. Sandbakk SB, Sandbakk O, Peacock O, et al. Effects of acute supplementation of L-arginine and nitrate on endurance and sprint performance in elite athletes. Nitric oxide : biology and chemistry. 2015;48:10-15.
  99. Peacock O, Tjonna AE, James P, et al. Dietary nitrate does not enhance running performance in elite cross-country skiers. Medicine and science in sports and exercise. 2012;44(11):2213-2219.
  100. Froio de Araujo Dias G, da Eira Silva V, de Salles Painelli V, et al. (In)Consistencies in Responses to Sodium Bicarbonate Supplementation: A Randomised, Repeated Measures, Counterbalanced and Double-Blind Study. PloS one. 2015;10(11):e0143086.
  101. Macutkiewicz D, Sunderland C. Sodium bicarbonate supplementation does not improve elite women's team sport running or field hockey skill performance. Physiological reports. 2018;6(19):e13818.
  102. Chycki J, Golas A, Halz M, Maszczyk A, Toborek M, Zajac A. Chronic Ingestion of Sodium and Potassium Bicarbonate, with Potassium, Magnesium and Calcium Citrate Improves Anaerobic Performance in Elite Soccer Players. Nutrients. 2018;10(11).
  103. Durkalec-Michalski K, Zawieja EE, Podgorski T, et al. The Effect of a New Sodium Bicarbonate Loading Regimen on Anaerobic Capacity and Wrestling Performance. Nutrients. 2018;10(6).
  104. McNaughton LR, Gough L, Deb S, Bentley D, Sparks SA. Recent Developments in the Use of Sodium Bicarbonate as an Ergogenic Aid. Current sports medicine reports. 2016;15(4):233-244.
  105. Burke LM. Practical considerations for bicarbonate loading and sports performance. Nestle Nutrition Institute workshop series. 2013;75:15-26.
  106. Lee MK, Cheng BW, Che CT, Hsieh DP. Cytotoxicity assessment of Ma-huang (Ephedra) under different conditions of preparation. Toxicological sciences : an official journal of the Society of Toxicology. 2000;56(2):424-430.
  107. Shekelle PG, Hardy ML, Morton SC, et al. Efficacy and safety of ephedra and ephedrine for weight loss and athletic performance: a meta-analysis. Jama. 2003;289(12):1537-1545.
  108. Shekelle P, Hardy ML, Morton SC, et al. Ephedra and ephedrine for weight loss and athletic performance enhancement: clinical efficacy and side effects. Evidence report/technology assessment (Summary). 2003(76):1-4.
  109. Kim TJ, LeBourgeois HW, 3rd. Banned, but Not Forgotten: A Case of Ephedrine-Induced Psychosis. Primary care companion to the Journal of clinical psychiatry. 2004;6(3):136-137.
  110. Dwyer JT, Coates PM, Smith MJ. Dietary Supplements: Regulatory Challenges and Research Resources. Nutrients. 2018;10(1):41.
  111. Starr RR. Too little, too late: ineffective regulation of dietary supplements in the United States. American journal of public health. 2015;105(3):478-485.
  112. Aragon AA, Schoenfeld BJ, Wildman R, et al. International society of sports nutrition position stand: diets and body composition. J Int Soc Sports Nutr. 2017;14:16.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Quanta proteína é possível absorver por refeição?

Dentre a série de tópicos relativamente controversos englobados no mundo da nutrição temos a questão da quantidade de proteína que o corpo humano consegue absorver no seguimento de uma dada refeição. Relacionado com a mesma temática, temos a questão da definição da quantidade de proteína que idealmente se deve ingerir após a execução de um treino resistido, com vista a maximizar a síntese de proteína muscular. Estudos publicados até há poucos anos concluíram que a ingestão de 20 a 25 g de proteína de boa qualidade (whey, proteína do leite, ou proteína de ovo) após um treino de musculação direcionado à musculatura dos membros inferiores seria o suficiente para maximizar a síntese de proteína muscular em adultos jovens e saudáveis, sendo que em doses superiores os aminoácidos “excedentários” seriam simplesmente oxidados. 1,2   Entretanto, em 2016, os autores Macnaughton et al. 3 verificaram que a suplementação com 40 g de proteína whey após uma sessão de treino de musculação de corpo i

Os Suplementos Termogénicos Funcionam?

A obesidade encontra-se classificada como uma doença crónica cuja prevalência tem vindo a aumentar ao ponto de atualmente ser considerada uma pandemia. ¹ Atualmente, verifica-se que a maioria da população europeia (60%) encontra-se na categoria de pré-obesidade, ou obesidade. ¹ Em Portugal o cenário é relativamente similar, com 57,1% dos indivíduos a apresentar um índice de massa corporal ≥25 kg/m². ²   Logicamente, esta população numerosa representa um mercado apetecível para as empresas envolvidas na produção e/ou comercialização de suplementos alimentares, que ambicionem aumentar as suas vendas.  Do conjunto de suplementos direcionados para a perda de peso/gordura, destacam-se os termogénicos, os quais, supostamente, promovem um aumento da lipólise através de um aumento do metabolismo, induzido por determinados compostos presentes nesses suplementos.  Mas será que os suplementos termogénicos efetivamente facilitam a perda de peso ou de gordura em indivíduos pré-obesos ou obesos?  Cl

É Melhor Perder Peso de Forma Rápida ou Lenta?

A perda de gordura pode proporcionar vários benefícios para a saúde daqueles que têm excesso de peso. ¹⁻² e é uma necessidade imperativa para atletas de determinados desportos e para aqueles que participam em competições de culturismo e similares.³ No entanto, independentemente do ritmo a que se perde peso, há uma série de consequências negativas que são praticamente impossíveis de evitar. Esses efeitos indesejáveis incluem a diminuição da taxa metabólica basal em repouso,⁴ dos níveis de testosterona,⁵ perda de massa magra,⁶ e diminuição da força muscular.⁷⁻⁸ De forma a minimizar esses efeitos negativos, são muitos aqueles que evitam as dietas mais drásticas, do tipo yo-yo e que, em vez disso, aconselham uma perda de peso lenta, por exemplo, de 0,5 kg de peso corporal, por semana.³ O que diz a ciência? Já foram conduzidos variados estudos que procuraram determinar qual a velocidade de perda de peso que melhor preserva a taxa metabólica, a massa magra, bem como os níveis de testosterona