Atualmente sabe-se que o treino com pesos proporciona variados benefícios, não só a nível estético como também ao nível da saúde e da longevidade.
A esses benefícios podemos acrescentar um menor risco de problemas cardiovascular e uma maior longevidade tal como têm vindo a revelar vários estudos recentes.
Mais força e massa muscular = menor risco de doenças vasculares
Um estudo¹, que acompanhou mais de 1 milhões de homens ao longo de 26 anos, indica-nos que a força muscular e capacidade física que temos no final da adolescência está associada a um menor risco de doenças vasculares a longo prazo.
Este estudo revela-nos que:
- A capacidade física está inversamente associada ao risco de doença vascular, doença cardíaca isquémica, insuficiência cardíaca, derrame e morte cardiovascular.
- A força muscular também está inversamente associada ao risco de doença vascular, insuficiência cardíaca e morte cardiovascular.
- Uma maior força muscular associa-se a um menor risco de arritmia.
- Infelizmente, a capacidade física demonstrou uma associação em forma de U com o risco de arritmia.
Os investigadores concluíram o seguinte:
A capacidade de exercício e a força muscular no final da adolescência estão estreitamente associadas a um menor risco de doença vascular e arritmia ao longo prazo. Os benefícios de menor risco de eventos vascular com a capacidade de exercício mais elevada não foram ultrapassados pelo aumento do risco de arritmia.
Outro estudo², que envolveu dados de 3,659 indivíduos, indica-nos que:
- A massa muscular, independentemente da massa adiposa e factores de risco cardiovasculares e metabólicos, está inversamente associada ao risco de mortalidade em adultos com mais idade.(2)
- Os processos anabólicos que promovem a hipertrofia muscular poderão estar associados a uma maior longevidade.
E ainda outro estudo³ que avaliou a relação entre a composição corporal e o risco de mortalidade em pacientes com doença cardiovascular verificou que os pacientes com mais massa muscular e com menos gordura corporal eram os que tinham menor risco de doença cardiovascular e de mortalidade total.
Treino de força reduz o risco de morte
Verificou-se que os idosos com mais de 65 anos, que realizam pelo menos dois treinos de força por semana, têm uma menor probabilidade (menos 46%) de morte por todas as causas, em comparação com aqueles que não treinam⁴.
Infelizmente, o mesmo estudo informa-nos que apenas 9,6% dos idosos que participaram neste estudo realizam treino de força, o que é lamentável, dado os benefícios que este tipo de atividade física lhes pode proporcionar⁴.
Os investigadores afirmaram:
Embora uma minoria dos adultos dos EUA adiram às recomendações de treino de força, a adesão ao treino de força está significativamente associada a uma diminuição da mortalidade. A mortalidade por todas as causas poderá ser significativamente reduzida através de intervenções que promovam a adesão de idosos ao treino de força.
➤ Mostrar/Ocultar Referências!
Andersen K, Rasmussen F, Held C, Neovius M, Tynelius P, Sundstrom J. Exercise capacity and muscle strength and risk of vascular disease and arrhythmia in 1.1 million young Swedish men: cohort study. BMJ (Clinical research ed). 2015; 351:h4543.
Srikanthan P, Karlamangla AS. Muscle Mass Index as a Predictor of Longevity in Older-Adults. The American journal of medicine. 2014; 127(6):547-53.
Srikanthan P, Horwich TB, Tseng CH. Relation of Muscle Mass and Fat Mass to Cardiovascular Disease Mortality. The American journal of cardiology. 2016; 117(8):1355-60.
Kraschnewski JL, Sciamanna CN, Poger JM, Rovniak LS, Lehman EB, Cooper AB, et al. Is strength training associated with mortality benefits? A 15year cohort study of US older adults. Preventive medicine. 2016; 87:121-7.
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