Avançar para o conteúdo principal

Bebidas Desportivas [Guia Básico]

A primeira bebida desportiva foi desenvolvida em 1965 por Robert Cade, um médico nefrologista da Universidade de Flórida, após este ter constatado que, durante e até ao final dos jogos, os níveis de glicemia dos jogadores da equipa de futebol americano (Gators) diminuíam de forma significativa e que estes perdiam grandes quantidades de água e de eletrólitos através do suor. Essa bebida era composta por água, sódio, açúcar e potássio, com uma pitada de aroma a limão.(1-3)

Assim nasceu a bebida Gatorade, com o propósito de prevenir e curar a desidratação, a insolação, cãibras musculares e melhorar o rendimento desportivo.(1)

Atualmente existe uma grande variedade de bebidas desportivas no mercado e, por isso, é normal que os atletas e treinadores se sintam confusos quando tentam selecionar o produto mais adequado.(4)

Tipos de Bebidas Desportivas

Em primeiro lugar, será útil compreender quais são os tipos básicos de bebidas desportivas e quais as suas principais diferenças.

As bebidas desportivas podem ser soluções hipotónicas, isotónicas e hipertónicas.(5, 6) A concentração de solutos não penetrantes* presentes numa solução, e não a osmolaridade total, determina a sua tonicidade – isotónica, hipotónica ou hipertónica(7) e influencia o movimento de água ao longo da parede intestinal.(6, 8)

Adaptado de Vander's Human Physiology (15th Edition)(7)

As soluções hipotónicas têm uma concentração de solutos não penetrantes inferior àquela que está presente nas células, ou seja, inferior a 300 mOsmol/L. Devido a isso, a água move-se, por osmose, para dentro das células, fazendo com que estas aumentem de tamanho.(7)

As soluções isotónicas têm uma concentração de solutos não penetrantes similar à do fluído intracelular (300 mOsmol/L) e por isso não provocam mudanças no volume das células.(7)

As soluções hipertónicas, contêm mais de 300 mOsm de solutos não penetrantes e por isso fazem com que a célula diminua de tamanho, pois promovem a saída da água intracelular para o fluído extracelular, que tem uma menor concentração de água.(7)

*O sódio, cloreto, potássio e glicose são exemplos de solutos não penetrantes.(7)

Quando Usar Cada Tipo de Bebida?

Bebidas isotónicas: Para uma hidratação adequada, recomenda-se que as bebidas a ingerir durante aos treinos ou competições sejam isotónicas relativamente ao plasma sanguíneo. (275-300 mOsm/kg de água).(9, 32, 66, 67)

Geralmente contêm entre 5 a 8% de hidratos de carbono, 230 a 805 mg/L de sódio (cloreto como anião) e entre 120 a 200 mg/L de potássio.(9-13)

Bebidas hipotónicas:  Têm uma osmolalidade de 200 a 260 mOsm/kg(14) e a sua ingestão é mais adequada quando existe a necessidade de repor fluídos de forma rápida, uma vez que propiciam uma taxa mais favorável de absorção de fluídos no intestino delgado.(8, 14-16)

No entanto, uma taxa de absorção elevada de fluídos pode conduzir a um aumento rápido do volume de plasma sanguíneo, com uma correspondente redução da concentração de sódio e da osmolalidade, estimulando assim uma resposta diurética indesejável para a manutenção do equilíbrio corporal dos fluídos.(6, 16-18)

De fato, a ingestão de bebidas hipotónicas durante o exercício poderá causar hiponatremia, caraterizada por uma concentração plasmática de sódio inferior a 135 mEq/L(19), sobretudo em provas de elevada duração (6-8 horas), realizadas em ambientes quentes e húmidos.(7, 9, 20-22) Essa condição poderá ser prejudicial para a performance e para a saúde do atleta, podendo causar perturbações neurológicas e gastrointestinais, diminuição da tensão arterial, aumento da frequência cardíaca, edema pulmonar, edema cerebral e até mesmo coma, podendo conduzir à morte.(19, 21, 23, 24)

Para além disso, a ingestão de uma solução hipotónica também poderá causar distensão abdominal,(25) podendo causar dor e perturbações gastrointestinais durante o exercício.(26)

Bebidas hipertónicas: Recomenda-se a sua utilização após os eventos desportivos ou no tratamento da hiponatremia,(9, 20) pois o desafio da reidratação após perdas de suor induzidas pelo exercício não é recuperar rapidamente os níveis de água corporal, mas sim prevenir a perda rápida dos fluídos ingeridos, através da urina, após a ingestão de grandes volumes de líquidos.(6)

Por outro lado, as soluções hipertónicas poderão ser bebidas de reidratação inadequadas quando se requer uma reidratação rápida(8) devido à transferência de água, proveniente do plasma sanguíneo e do fluído extracelular, para o lúmen do intestino delgado.(6, 11, 27)

Isto resulta numa menor absorção de água, comparativamente a uma solução hipotónica(28-30) e numa redução significativa do volume do sangue, aumentando assim a sua  viscosidade,(6) o que, por sua vez provoca um aumento da resistência periférica total, do retorno venoso e do volume diastólico final,(6) conduzindo a um aumento da frequência cardíaca.(31)

Estas bebidas geralmente contêm entre 1 a 1.5 g/L de sódio e 9 a 10% de açúcares.(11, 12)

As bebidas desportivas realmente beneficiam a performance?

Um artigo de revisão publicado em 2000 pretendeu responder a essa questão e, tendo-se focado em bebidas desportivas com uma baixa concentração de hidratos de carbono (<10%), para consumo antes e após o exercício, concluiu que existe evidência que sugere que a ingestão de bebidas desportivas potencia a performance, comparativamente à ingestão de uma bebida placebo.(32)

Para além disso, os investigadores afirmaram que não há evidência de que alguma marca de bebida desportiva seja superior a outras marcas presentes no mercado.(32)

Como Potenciam a Performance?

As bebidas desportivas são constituídas por água, eletrólitos (sódio, cloretos, potássio, magnésio e cálcio) e hidratos de carbono (maltodextrina, glicose, frutose).(4) Esses elementos são incluídos nessas bebidas para repor os eletrólitos perdidos através do suor,(4) para aumentar a taxa de absorção de fluídos e promover o equilíbrio hídroeletrolítico no organismo.(4, 33, 34)

Sódio e Cloreto: Mais especificamente, a presença de sódio e de cloreto irá ajudar a estimular a sede, a reter uma maior quantidade dos fluídos ingeridos e facilitar a manutenção da osmolalidade e concentração de sódio no plasma, reduzindo a perda de água pela urina,(17, 18, 35-37) o que contribui para prevenir a desidratação e a diminuição da performance que lhe está associada.(38-44)

O sódio também desempenha um papel importante na contração muscular e na condução de impulsos nervosos.(9, 45) Uma ligeira deficiência de sódio poderá prejudicar a performance, causando náuseas, vómitos, dores de cabeça, perda de apetite, fraqueza muscular, cãibras no abdómen e nas pernas.(45)

A perda de cloreto no suor é proporcional à perda de sódio(45) e o seu papel na atividade atlética é similar ao do sódio na regulação dos potenciais elétricos entre as membranas das células.(4, 9)

Potássio: Este mineral também desempenha um papel importante na regulação da água corporal, na contração muscular e na condução de impulsos nervosos.(9, 45)

Hidratos de carbono: A presença de hidratos de carbono permite aumentar a oxidação de glicose durante o exercício e potenciar a performance através de vários mecanismos,(40, 46-56), mesmo quando o exercício é de alta intensidade (>75% VO2max) e de curta duração (cerca de 1 h)(57)  e mesmo que esses hidratos de carbono nem sequer cheguem a ser ingeridos, bastando “bochechar” uma solução contendo hidratos de carbono, durante pouco tempo (mouth rinse).(46, 55, 58-60)

Para além disso, o co-transporte de hidratos de carbono e sódio permite ainda aumentar a taxa de absorção de água no intestino delgado.(11, 61)

Como otimizar a ingestão das bebidas desportivas?

As temperaturas baixas (10°C) diminuem a absorção de bebida e acima de 20°C as bebidas deixam de ser desejáveis. Por esse motivo, é importante manter uma temperatura adequada (entre os 15 e 20°C), sobretudo em ambientes quentes, através do uso de cubos de gelo, de forma a manter as bebidas frias e apetitosas.(62, 63)

Durante o exercício/prova, recomenda-se ainda a ingestão frequente da bebida desportiva (120 a 240 ml a cada 15-20 min) em vez da ingestão menos frequente de volumes mais elevados.(4)

Por último, recomenda-se treinar/praticar a estratégia de hidratação para a competição, de forma a reduzir as probabilidades de desconforto gastrointestinal e também para aumentar a capacidade absortiva do intestino.(64)

Conclusão

A bebida desportiva certa poderá representar uma ferramenta indispensável para os atletas de determinadas atividades desportivas, melhorando a performance e otimizando o estado de hidratação do atleta.(32)  Por outro lado, uma escolha inadequada poderá ter consequências negativas, tanto em termos de classificação desportiva como em termos de saúde.(7, 9, 20-22)

Seria praticamente impossível recomendar uma formulação de bebida desportiva específica que seja adequada para todo o tipo de cenários desportivos e para o todos os tipos de atletas, pois diferentes desportos, distintas condições climatéricas e vários outros fatores influenciam a taxa de sudorese e a perda de eletrólitos através do suor.(41, 64, 65)

Caso pretenda otimizar a sua performance e minimizar a ocorrência de perturbações gastrointestinais e de hiponatremia, que poderá até mesmo ter consequências fatais,(7, 9, 19-24) recomenda-se vivamente a consulta a um nutricionista desportivo, que o irá auxiliar na escolha da bebida desportiva mais adequada e prescrever o protocolo de ingestão mais indicado para si.

➤ Mostrar/Ocultar Referências!
  1. Cohen D. The truth about sports drinks. BMJ (Clinical research ed). 2012; 345:e4737.
  2. Daniel Roberts KB. The history of an iconic sports beverage: Gatorade turns 50. Fortune; 2015. Disponível em: http://fortune.com/2015/10/01/gatorade-turns-50/.
  3. Kays J P-HA. Gatorade: the idea that launched an industry. Explore; 2003. Disponível em: http://www.research.ufl.edu/publications/explore/v08n1/gatorade.html.
  4. Smith J. A Look at the Components and Effectiveness of Sports Drinks. Journal of Athletic Training. 1992; 27(2):173-76.
  5. Geraldini S, Cruz IF, Romero A, Fonseca FLA, Campos MP. Isotonic sports drink promotes rehydration and decreases proteinuria following karate training. Jornal brasileiro de nefrologia : 'orgao oficial de Sociedades Brasileira e Latino-Americana de Nefrologia. 2017; 39(4):362-69.
  6. Evans GH, Shirreffs SM, Maughan RJ. Acute effects of ingesting glucose solutions on blood and plasma volume. The British journal of nutrition. 2009; 101(10):1503-8.
  7. Widmaier EP, Raff H, Strang KT. Vander's human physiology: the mechanisms of body function. McGraw-Hill Higher Education; 2008.
  8. Leiper JB. Intestinal water absorption--implications for the formulation of rehydration solutions. International journal of sports medicine. 1998; 19 Suppl 2:S129-32.
  9. Urdampilleta A, Gomez-Zorita S. From dehydration to hyperhidration isotonic and diuretic drinks and hyperhydratant aids in sport. Nutricion hospitalaria. 2014; 29(1):21-5.
  10. Maughan RJ, Burke LM, Dvorak J, Larson-Meyer DE, Peeling P, Phillips SM, et al. IOC consensus statement: dietary supplements and the high-performance athlete. British journal of sports medicine. 2018; 52(7):439-55.
  11. Evans GH, Shirreffs SM, Maughan RJ. Postexercise rehydration in man: the effects of osmolality and carbohydrate content of ingested drinks. Nutrition (Burbank, Los Angeles County, Calif). 2009; 25(9):905-13.
  12. Rosés JM, Pujol P. Hidratación y ejercicio físico. Apunts Medicina de l'Esport. 2006; 41(150):70-77.
  13. Institute of Medicine Committee on Military Nutrition R. In: Marriott BM, editor. Fluid Replacement and Heat Stress.  Washington (DC): National Academies Press (US); 1994.
  14. Murray R. The effects of consuming carbohydrate-electrolyte beverages on gastric emptying and fluid absorption during and following exercise. Sports medicine (Auckland, NZ). 1987; 4(5):322-51.
  15. Farthing MJ. Oral rehydration: an evolving solution. Journal of pediatric gastroenterology and nutrition. 2002; 34 Suppl 1:S64-7.
  16. Shi X, Summers RW, Schedl HP, Chang RT, Lambert GP, Gisolfi CV. Effects of solution osmolality on absorption of select fluid replacement solutions in human duodenojejunum. Journal of applied physiology (Bethesda, Md : 1985). 1994; 77(3):1178-84.
  17. Nose H, Mack GW, Shi XR, Nadel ER. Role of osmolality and plasma volume during rehydration in humans. Journal of applied physiology (Bethesda, Md : 1985). 1988; 65(1):325-31.
  18. Nose H, Mack GW, Shi XR, Nadel ER. Involvement of sodium retention hormones during rehydration in humans. Journal of applied physiology (Bethesda, Md : 1985). 1988; 65(1):332-6.
  19. Verbalis JG, Goldsmith SR, Greenberg A, Korzelius C, Schrier RW, Sterns RH, et al. Diagnosis, evaluation, and treatment of hyponatremia: expert panel recommendations. The American journal of medicine. 2013; 126(10 Suppl 1):S1-42.
  20. Hoffman MD, Stuempfle KJ, Rogers IR, Weschler LB, Hew-Butler T. Hyponatremia in the 2009 161-km Western States Endurance Run. International journal of sports physiology and performance. 2012; 7(1):6-10.
  21. Urso C, Brucculeri S, Caimi G. [Hyponatremia and physical exercise]. La Clinica terapeutica. 2012; 163(5):e349-56.
  22. Wagner S, Knechtle B, Knechtle P, Rust CA, Rosemann T. Higher prevalence of exercise-associated hyponatremia in female than in male open-water ultra-endurance swimmers: the 'Marathon-Swim' in Lake Zurich. European journal of applied physiology. 2012; 112(3):1095-106.
  23. Sahay M, Sahay R. Hyponatremia: a practical approach. Indian journal of endocrinology and metabolism. 2014; 18(6):760.
  24. Ayus JC, Varon J, Arieff AI. Hyponatremia, cerebral edema, and noncardiogenic pulmonary edema in marathon runners. Annals of internal medicine. 2000; 132(9):711-4.
  25. Zhang L, Liang ML, Zhang YK, Hu SS, Chen L, Li HT, et al. The effects of hypotonic and isotonic negative contrast agent on gastrointestinal distention and physiological intake of 18F-FDG. Nuclear medicine communications. 2015; 36(2):180-6.
  26. Morton D, Callister R. Exercise-related transient abdominal pain (ETAP). Sports medicine. 2015; 45(1):23-35.
  27. Absorption of water and electrolytes from hypotonic, isotonic and hypertonic solutions. JOURNAL OF PHYSIOLOGY-LONDON;  1986.  CAMBRIDGE UNIV PRESS 40 WEST 20TH STREET, NEW YORK, NY 10011-4211.
  28. Gisolfi CV, Summers RW, Schedl HP, Bleiler TL. Intestinal water absorption from select carbohydrate solutions in humans. Journal of applied physiology (Bethesda, Md : 1985). 1992; 73(5):2142-50.
  29. Hunt JB, Thillainayagam AV, Salim AF, Carnaby S, Elliott EJ, Farthing MJ. Water and solute absorption from a new hypotonic oral rehydration solution: evaluation in human and animal perfusion models. Gut. 1992; 33(12):1652-9.
  30. Shi X, Summers RW, Schedl HP, Flanagan SW, Chang R, Gisolfi CV. Effects of carbohydrate type and concentration and solution osmolality on water absorption. Medicine and science in sports and exercise. 1995; 27(12):1607-15.
  31. Bainbridge FA. The influence of venous filling upon the rate of the heart. The Journal of Physiology. 1915; 50(2):65-84.
  32. Coombes JS, Hamilton KL. The effectiveness of commercially available sports drinks. Sports medicine (Auckland, NZ). 2000; 29(3):181-209.
  33. Costill DL, Sparks KE. Rapid fluid replacement following thermal dehydration. Journal of applied physiology. 1973; 34(3):299-303.
  34. Gonzalez-Alonso J, Heaps CL, Coyle EF. Rehydration after exercise with common beverages and water. International journal of sports medicine. 1992; 13(5):399-406.
  35. Maughan RJ, Leiper JB, Shirreffs SM. Restoration of fluid balance after exercise-induced dehydration: effects of food and fluid intake. European journal of applied physiology and occupational physiology. 1996; 73(3-4):317-25.
  36. Ray ML, Bryan MW, Ruden TM, Baier SM, Sharp RL, King DS. Effect of sodium in a rehydration beverage when consumed as a fluid or meal. Journal of applied physiology (Bethesda, Md : 1985). 1998; 85(4):1329-36.
  37. Shirreffs SM, Maughan RJ. Volume repletion after exercise-induced volume depletion in humans: replacement of water and sodium losses. The American journal of physiology. 1998; 274(5 Pt 2):F868-75.
  38. Jequier E, Constant F. Water as an essential nutrient: the physiological basis of hydration. European journal of clinical nutrition. 2010; 64(2):115-23.
  39. Shirreffs SM, Aragon-Vargas LF, Chamorro M, Maughan RJ, Serratosa L, Zachwieja JJ. The sweating response of elite professional soccer players to training in the heat. International journal of sports medicine. 2005; 26(2):90-5.
  40. Coyle EF. Fluid and fuel intake during exercise. Journal of sports sciences. 2004; 22(1):39-55.
  41. Casa DJ, Clarkson PM, Roberts WO. American College of Sports Medicine roundtable on hydration and physical activity: consensus statements. Current sports medicine reports. 2005; 4(3):115-27.
  42. Edwards AM, Mann ME, Marfell-Jones MJ, Rankin DM, Noakes TD, Shillington DP. Influence of moderate dehydration on soccer performance: physiological responses to 45 min of outdoor match-play and the immediate subsequent performance of sport-specific and mental concentration tests. British journal of sports medicine. 2007; 41(6):385-91.
  43. Kreider RB, Wilborn CD, Taylor L, Campbell B, Almada AL, Collins R, et al. ISSN exercise & sport nutrition review: research & recommendations. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2010; 7(1):7.
  44. Rodriguez NR, Di Marco NM, Langley S. American College of Sports Medicine position stand. Nutrition and athletic performance. Medicine and science in sports and exercise. 2009; 41(3):709-31.
  45. Williams MH. Nutritional aspects of human physical and athletic performance. Charles C. Thomas.; 1976.
  46. Jeukendrup AE. Carbohydrate and exercise performance: the role of multiple transportable carbohydrates. Current opinion in clinical nutrition and metabolic care. 2010; 13(4):452-7.
  47. Coyle EF. Carbohydrate feeding during exercise. International journal of sports medicine. 1992; 13 Suppl 1:S126-8.
  48. Kerksick CM, Wilborn CD, Roberts MD, Smith-Ryan A, Kleiner SM, Jäger R, et al. ISSN exercise & sports nutrition review update: research & recommendations [journal article]. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2018; 15(1):38.
  49. Maughan RJ, Burke LM, Dvorak J, Larson-Meyer DE, Peeling P, Phillips SM, et al. IOC consensus statement: dietary supplements and the high-performance athlete. British Journal of Sports Medicine. 2018; 52(7):439-55.
  50. Burke LM. Nutritional needs for exercise in the heat. Comparative biochemistry and physiology Part A, Molecular & integrative physiology. 2001; 128(4):735-48.
  51. Von Duvillard SP, Braun WA, Markofski M, Beneke R, Leithauser R. Fluids and hydration in prolonged endurance performance. Nutrition (Burbank, Los Angeles County, Calif). 2004; 20(7-8):651-6.
  52. von Duvillard SP, Arciero PJ, Tietjen-Smith T, Alford K. Sports drinks, exercise training, and competition. Current sports medicine reports. 2008; 7(4):202-8.
  53. Below PR, Mora-Rodriguez R, Gonzalez-Alonso J, Coyle EF. Fluid and carbohydrate ingestion independently improve performance during 1 h of intense exercise. Medicine and science in sports and exercise. 1995; 27(2):200-10.
  54. Coyle EF, Montain SJ. Carbohydrate and fluid ingestion during exercise: are there trade-offs? Medicine and science in sports and exercise. 1992; 24(6):671-8.
  55. Jeukendrup AE. Carbohydrate intake during exercise and performance. Nutrition (Burbank, Los Angeles County, Calif). 2004; 20(7-8):669-77.
  56. Welsh RS, Davis JM, Burke JR, Williams HG. Carbohydrates and physical/mental performance during intermittent exercise to fatigue. Medicine and science in sports and exercise. 2002; 34(4):723-31.
  57. Carter JM, Jeukendrup AE, Mann CH, Jones DA. The effect of glucose infusion on glucose kinetics during a 1-h time trial. Medicine and science in sports and exercise. 2004; 36(9):1543-50.
  58. Jeukendrup AE, Chambers ES. Oral carbohydrate sensing and exercise performance. Current opinion in clinical nutrition and metabolic care. 2010; 13(4):447-51.
  59. Jeukendrup AE, McLaughlin J. Carbohydrate ingestion during exercise: effects on performance, training adaptations and trainability of the gut. Nestle Nutrition Institute workshop series. 2011; 69:1-12; discussion 13-7.
  60. Jeukendrup AE. Nutrition for endurance sports: marathon, triathlon, and road cycling. Journal of sports sciences. 2011; 29 Suppl 1:S91-9.
  61. Schedl HP, Clifton JA. SOLUTE AND WATER ABSORPTION BY THE HUMAN SMALL INTESTINE. Nature. 1963; 199:1264-7.
  62. Burke L. Fasting and recovery from exercise. British journal of sports medicine. 2010; 44(7):502-8.
  63. Environmental and Sensory Modulation of Fluid Intake in Humans. 1991;  London.  Springer London.
  64. Jeukendrup A. A Step Towards Personalized Sports Nutrition: Carbohydrate Intake During Exercise. Sports medicine (Auckland, NZ). 2014; 44(Suppl 1):25-33.
  65. Sawka MN, Burke LM, Eichner ER, Maughan RJ, Montain SJ, Stachenfeld NS. American College of Sports Medicine position stand. Exercise and fluid replacement. Medicine and science in sports and exercise. 2007; 39(2):377-90.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Quanta proteína é possível absorver por refeição?

Dentre a série de tópicos relativamente controversos englobados no mundo da nutrição temos a questão da quantidade de proteína que o corpo humano consegue absorver no seguimento de uma dada refeição. Relacionado com a mesma temática, temos a questão da definição da quantidade de proteína que idealmente se deve ingerir após a execução de um treino resistido, com vista a maximizar a síntese de proteína muscular. Estudos publicados até há poucos anos concluíram que a ingestão de 20 a 25 g de proteína de boa qualidade (whey, proteína do leite, ou proteína de ovo) após um treino de musculação direcionado à musculatura dos membros inferiores seria o suficiente para maximizar a síntese de proteína muscular em adultos jovens e saudáveis, sendo que em doses superiores os aminoácidos “excedentários” seriam simplesmente oxidados. 1,2   Entretanto, em 2016, os autores Macnaughton et al. 3 verificaram que a suplementação com 40 g de proteína whey após uma sessão de treino de musculação de corpo i

Os Suplementos Termogénicos Funcionam?

A obesidade encontra-se classificada como uma doença crónica cuja prevalência tem vindo a aumentar ao ponto de atualmente ser considerada uma pandemia. ¹ Atualmente, verifica-se que a maioria da população europeia (60%) encontra-se na categoria de pré-obesidade, ou obesidade. ¹ Em Portugal o cenário é relativamente similar, com 57,1% dos indivíduos a apresentar um índice de massa corporal ≥25 kg/m². ²   Logicamente, esta população numerosa representa um mercado apetecível para as empresas envolvidas na produção e/ou comercialização de suplementos alimentares, que ambicionem aumentar as suas vendas.  Do conjunto de suplementos direcionados para a perda de peso/gordura, destacam-se os termogénicos, os quais, supostamente, promovem um aumento da lipólise através de um aumento do metabolismo, induzido por determinados compostos presentes nesses suplementos.  Mas será que os suplementos termogénicos efetivamente facilitam a perda de peso ou de gordura em indivíduos pré-obesos ou obesos?  Cl

É Melhor Perder Peso de Forma Rápida ou Lenta?

A perda de gordura pode proporcionar vários benefícios para a saúde daqueles que têm excesso de peso. ¹⁻² e é uma necessidade imperativa para atletas de determinados desportos e para aqueles que participam em competições de culturismo e similares.³ No entanto, independentemente do ritmo a que se perde peso, há uma série de consequências negativas que são praticamente impossíveis de evitar. Esses efeitos indesejáveis incluem a diminuição da taxa metabólica basal em repouso,⁴ dos níveis de testosterona,⁵ perda de massa magra,⁶ e diminuição da força muscular.⁷⁻⁸ De forma a minimizar esses efeitos negativos, são muitos aqueles que evitam as dietas mais drásticas, do tipo yo-yo e que, em vez disso, aconselham uma perda de peso lenta, por exemplo, de 0,5 kg de peso corporal, por semana.³ O que diz a ciência? Já foram conduzidos variados estudos que procuraram determinar qual a velocidade de perda de peso que melhor preserva a taxa metabólica, a massa magra, bem como os níveis de testosterona