As repetições forçadas são uma técnica de treino que implica a realização de algumas repetições adicionais mesmo depois de se ter atingido a falha muscular, geralmente com a ajuda de outra pessoa.
É muito habitual vermos esta técnica a ser usada nos ginásios, especialmente por indivíduos que treinam com um companheiro ou sob a supervisão de um personal trainer.
Até hoje apenas foi realizado um estudo que sugere que a realização de repetições forçadas pode ter uma influência positiva.
Para ser mais preciso, esse estudo demonstrou que o uso de repetições forçadas tende a proporcionar aumentos mais expressivos da testosterona e de hormona do crescimento.
No entanto, também ficou comprovado que a utilização desta técnica de treino também provoca um maior aumento dos níveis de cortisol, em comparação com as séries normais (1).
Outro estudo, publicado em Agosto de 2007 teve como objetivo determinar se um programa de treino que inclui um número mais elevado de repetições forçadas proporciona maiores aumentos de força do que um treino com um número reduzido de repetições forçadas (2).
Entre os voluntários que foram recrutados encontravam-se 12 jogadores de basketball e 10 jogadores de voleibol de elite com experiência de treino com pesos. Estes foram separados em três grupos, que treinaram 3 vezes por semana, completando 4×6, 8×3, ou 12×3 (séries x repetições) do exercício supino.
As cargas foram estipuladas de maneira que os voluntários dos três grupos atingissem a falha no final de cada sessão de treino.
A maior duração das séries no treino do grupo 4×6 (6 repetições por série em comparação com apenas 3) e o volume de treino mais elevado do grupo 12×3 (12 séries em comparação com apenas 8) foram estabelecidas de forma intencional para o grupo 4×6 pudesse realizar mais repetições forçadas do que o grupo 12×3 e o grupo 12×3 pudesse também realizar mais repetições forçadas do que o grupo 8×3.
Mesmo com um maior volume derivado da realização de repetições forçadas extra, os voluntários que realizaram mais repetições forçadas, após terem atingido a falha muscular, não obtiveram maiores ganhos do que aqueles que realizaram menos repetições ou que treinaram apenas até à falha.
Os investigadores afirmaram:
"A realização de series de repetições forçadas não proporciona maiores benefícios no desenvolvimento da força em comparação com o treino até à falha, mesmo com um volume de treino mais elevado derivado da realização de repetições forçadas."
"Este estudo sugere que a prática comum de utilizar repetições forçadas não é benéfica e, portanto, deverá ser minimizada quando o objetivo é desenvolver a força."
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