As azeitonas são um alimento milenar, de consumo vulgarizado na antiga Grécia e no tempo dos romanos.
São também um produto alimentar interessante pois, afinal de contas, é a matéria-prima a partir da qual se produz o azeite, o chamado “ouro líquido” pelos antigos gregos, e que faz parte integral da famosa dieta mediterrânica, com benefícios comprovados para a saúde.
Num estudo conduzido em 2016 por investigadores italianos, procurou-se determinar se as azeitonas têm compostos bioativos de interesse ou propriedades probióticas.
Para o efeito reuniram 25 voluntários saudáveis, com idades compreendidas entre os 18 e 65 anos, os quais consumiram 12 azeitonas verdes, durante 30 dias.
Estas azeitonas eram da variedade Nocellara del Belice e foram processadas numa solução que apenas continha sal, sem aditivos químicos.
Para além de uma série de análises bioquímicas, estes investigadores também avaliaram a composição corporal, no início e no final do estudo, de modo a registar possíveis mudanças em parâmetros antropométricos.
Nos resultados do seu estudo, estes autores reportaram um efeito de recomposição corporal. Mais precisamente, os voluntários perderem gordura (-5,7%), baixaram o seu peso corporal (-0,7%) e ganharam massa muscular (+2,9%).
Infelizmente, os investigadores que conduziram este estudo não descreveram qual foi o método usado para avaliar a composição corporal dos voluntários.
Relativamente aos mecanismos por detrás desta melhoria da composição corporal, os autores sugerem que o ácido linoleico conjugado (CLA), que está presente no azeite e nas azeitonas, poderá ser a molécula responsável pela diminuição da gordura corporal.
De notar que neste trabalho também se verificou que esta variedade de azeitonas tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, tendo-se registado diminuições significativas dos níveis de IL-6, uma molécula pró-inflamatórias, e de malondialdeído, um indicador de stress oxidativo.
Claramente, as explicações descritas neste estudo para as melhorias registadas na composição corporal são insuficientes.
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